Durante a faculdade tive uma colega que tinha vitiligo, mas ninguém notava porque a dela, apesar de estar presente em várias partes do corpo e dos rosto, era mais sutil, com despigmentação em pequenas áreas, então ela conseguia maquiar as regiões sem maiores problemas.
Para quem não conhece, o vitiligo é uma doença crônica que gera a despigmentação da pele, com a perda da cor em algumas regiões do corpo. Essa despigmentação é decorrente da destruição ou mesmo da morte dos melanócitos, que são as células que produzem a melanina, o pigmento que “dá cor” à pele. A destruição dos melanócitos é causada pelo próprio sistema imune do indivíduo, e o resultado é o surgimento de manchas “brancas”, de todos os tamanhos, espalhadas pelo corpo.
Essas manchas podem aparecer em qualquer parte do corpo, mas são mais comuns nos braços, nas mãos, nos pés e no rosto, atinge homens e mulheres de qualquer idade, sendo mais comum o surgimento em pessoas entre dez e trinta anos, e tende a ser mais severa em pessoas de pele negra, que tendem a sofrer mais com o problema por causa do maior contraste entre a cor da pele e a cor das “manchas”.
Sabe-se que o vitiligo possui origem genética, mas que fatores ambientais são determinantes no seu aparecimento. Outra coisa importante de salientar é que o estresse, o nervosismo e demais problemas emocionais funcionam como gatilhos para a doença.
Quando o vitiligo surge é fácil de notar, vez que aparecem manchas brancas na pele. Além disso, pode haver perda de cor nas mucosas, mudança ou perda de cor da retina, que é a camada interna do olho, bem como embranquecimento dos cílios, da sobrancelha, dos cabelos e da barba, no caso dos homens.
Apesar de poder aparecer em qualquer parte do corpo, o início da doença atinge áreas expostas, sobretudo rosto, mãos e pés, e pode se manifestar de três formas: focal, segmentada e generalizada.
É focal quando a despigmentação ocorre em uma ou em poucas partes do corpo. É segmentada quando atinge apenas um lado do corpo, e é generalizada quando a despigmentação ocorre por todo o corpo, geralmente de forma simétrica.
Até o presente momento o vitiligo não tem cura, e o que se pode fazer é tornar o processo de despigmentação mais lento ou interrompê-lo, sendo que os tratamentos existentes dependem das características de cada pessoa.
Opções Terapêuticas:
1- Despigmentação
Em casos generalizados, onde a despigmentação acomete todas as partes do corpo, a terapêutica da despigmentação uniformiza a pele removendo os pigmentos ainda existentes na pele.
2- Fototerapias
As fototerapias feitas com radiação UVA e UVB visa a repigmentação da pele.
3- Tratamentos tópicos
Cremes e pomadas de uso tópico, sobretudo a base de corticosteróides, podem ajudar a na repigmentação da pele, podendo ser usados em conjunto com a fototerapia e com medicamentos de uso oral.
4- Cirurgia
Na cirurgia é feita a transferência da pele não manchada para áreas onde há despigmentação para tentar fazer com que os tecidos voltem a produzir melanina e, consequentemente, repigmentar a pele.
Beijos