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A Difícil Arte da Convivência

Dia desses li, não sei onde, que a convivência é a “arte da guerra”, e isso tem um fundo, bem grande, diga-se de passagem, de verdade.

O fato é que as pessoas são diferentes, pensam diferente, sentem de forma diferente, entendem a mesma situação de forma diferente e enxergam a vida de forma diferente, e não tem como mudar isso, porque cada um é fruto das experiências que viveu, e elas são pessoais e intransferíveis. Assim, cada um tem uma bagagem, tem um histórico, que fazem com que enxergue a vida dessa ou daquela forma, e nenhuma dessas formas é errada, são apenas pontos de vista diferentes. Ou, como diz Leonardo Boff, no livro A Águia e a Galinha, “cada ponto de vista é o ponto de vista de um ponto” (ops, ouvi essa frase na minha primeira aula de filosofia na faculdade de Direito e NUNCA esqueci!).

Acontece que, mesmo sendo diferentes, não respeitamos as diferenças e achamos que estamos sempre certos, claro. Perdeu-se, na verdade, a generosidade de respeitar as diferenças e os diferentes pontos de vistas, como bem disse o psiquiatra Roberto Shinyashiki. Com isso, conviver, seja com amigos, familiares, colegas de trabalhos ou maridos/namorados/afins se tornou uma tarefa profundamente complicada, porque, se todos se acham certos e cada um age de uma forma, não tem como chegar a um consenso!

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Por isso, o primeiro passo para conviver com quem quer que seja é aceitar – de verdade – as diferenças e respeitá-las. Porque divergir, pensar diferente, não significa ser contra, estar contra e condenar o outro. Significa somente que vocês são pessoas diferentes, que pensam diferente, mas que nem por isso precisam viver em guerra.

Outra coisa importante é encarar as diferenças, que são inevitáveis, como fonte de aprendizado e crescimento. Uma das minhas melhores amigas, com quem já tive brigas homéricas, é a pessoa mais diferente de mim que já existiu e é, com certeza, uma das pessoas que mais me “ensinou” na vida, porque com ela eu deixei de analisar as coisas de forma unilateral, levando em consideração apenas o meu ponto de vista, e passei a ter uma visão ampla das situações, o que me ajudou e ajuda, em muitas coisas na vida.

Não podemos nos esquecer que devemos, sempre, nos colocar no lugar do outro, porque só assim podemos saber porque ele agiu daquela maneira. Às vezes, achamos que a pessoa faz algo por maldade, para nos machucar, mas é simplesmente a forma como ela aprendeu a agir e, muitas vezes, não percebe que aquilo machuca, que aquilo fere. Isso acontece porque cada um aprende e reage de acordo com as próprias experiências, e cada  um possui experiências diferentes, pois viveu a vida e as situações completamente diferentes.

Compreender isso é um divisor de águas em qualquer relacionamento, assim como ter o bom sendo de relevar o que para você é “o fim do mundo”, mas que, para o outro não é nada demais. É aceitando e respeitando as diferenças, sem tentar mudar o que as pessoas são, que construímos relações duradouras e saudáveis!

Beijos

Ju Lopes

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Written by Nat

Sou jornalista, blogueira, louca por cosméticos e chocolate. Escrevo sobre um pouco de tudo que for relacionado ao universo feminino.

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