Eu amoooo os ácidos e vocês bem sabem disso! Mas amo porque sei usar, viu? Nada de sair comprando sem indicação e acompanhamento médico, tá? Quero ver ninguém de “cara pintada” por aí! Juízooooo!
Como já falei um monte sobre o ácido retinóico, o soberano do reino dos ácidos, resolvi falar um tantinho do ácido glicólico, esse “príncipe herdeiro” tão usado para tratar a pele.
O ácido glicólico é um alfa-hidróxi-ácido, um ácido orgânico que deriva da cana-de-açucar e possui a melhor capacidade de absorção pela pele, já que, dentre os ácidos, é o que tem a menor estrutura molecular.
O índice de acidez do ácido glicólico é próximo de 1,0 e, por conta disso, deve ser usado diluído, caso contrário a pele não “aguentaria o tranco”.
Como possui o poder de aumentar a estrutura da epiderme e do colágeno, ele é bastante indicado para combater e tratar os danos causados pelo fotoenvelhecimento e pelas cicatrizes de acne, além de ser muito utilizado para tratar estrias vermelhas, – já que estimula síntese de colágeno – esfoliar a pele e ajudar na penetração de outros ativos dermatológicos.
Ele pode ser, dependendo da concentração, hidratante, esfoliante, queratolítico, antiacneico e rejuvenescedor.
Dependendo da concentração, esse ácido é considerado “cosmético” ou dermocosmético e, portanto, não precisa de receita médica, mas pode também ser considerado medicamento, o que exige a prescrição médica.
A concentração em cremes e loções varia de 1 a 10%, mas nos peelings, feitos em consultórios dermatológicos, essa concentração sobe bastante, variando entre 20 a 70%.
É um ácido que apresenta poucos efeitos colaterais, mas que também é menos eficiente que o “muso mor”, o ácido retinoico. Os efeitos colaterais, quando existem, se resumem a eritemas, hiperpigmentação e, em casos raros, cicatrizes hipertróficas.
Como pode causar efeitos colaterais, o correto é SEMPRE ter prescrição e acompanhamento médico, porque só um dermatologista pode, após avaliar a sua pele, saber se aquele ativo é o melhor para aquela pele, naquele momento e naquela situação. Além disso, é ele quem vai saber qual a melhor dosagem, qual a melhor forma de uso e quais os cuidados indispensáveis.
Como acontece no uso de qualquer ácido, não é recomendada a exposição solar e o uso de protetor solar, chova ou faça sol, é obrigatório.
Nas farmácias e lojas de cosméticos e possível encontrar vários produtos com esse ativo, como o Crarité AG+, que é um sérum antienvelhecimento da Dermage, o sabonete antisséptico e antiacne para limpeza diária Secatriz, também da Dermage, os produtos da linha Neoderm Complex, da Adcos, e muitos outros.
Eu, por exemplo, uso, e já falei por aqui, o Glyquin XM, que contém ácido glicólico (com concentração de 10%) e hidroquinona. Ele serve para clarear as manchas e uniformizar a pele, sendo, de longe, o melhor clareador para minha pele até hoje. Mas, como também já falei, me acabo no filtro solar e uso com recomendação e acompanhamento da minha dermatologista, que é, aliás, o único profissional que deve “receitar” esse tipo de produto.
Quais ácidos vocês mais usam? Sobre quais querem ver posts aqui?
Beijos
Ju Lopes