A forma como lidamos com a comida pode “delatar” se somos ou não vítimas de um transtorno chamado compulsão alimentar, que é tido como um descontrole diante dos alimentos, quando ingerimos grandes quantidades de comida de uma só vez, sem o menor controle do que estamos fazendo.
Detectar esse transtorno alimentar é tarefa para um médico, mas alguns sinais são indicativos de que o problema está presente. Vejam abaixo quais são:
Comer o Tempo Todo
Para algumas pessoas a refeição dura o dia todo, já que o ato de comer supre, de certa forma, o vazio emocional. Dessa forma, ela passa o dia inteiro beliscando alguma “gordice” e não para a boca, mesmo que não sinta fome, mas, sim, vontade de comer.
Come Escondido dos Outros
A grande maioria dos compulsivos come escondido para fugir do julgamento alheio, das críticas quanto à alimentação. Foge, inclusive, do autojulgamento. É comum, portanto, que a pessoa coma quando todos estão dormindo ou guarde alimentos dentro do quarto ou no carro, para comer quando estiver sozinha.
Come Muito Rápido
Tá certo que, infelizmente, quase ninguém come tão devagar como deveria, mastigando diversas vezes e saboreando os alimentos, mas o compulsivo tende a comer muito rápido para comer muito mais. É uma tentativa de “enganar” os olhos alheios e evitar o julgamento.
Não Diferencia Fome de Vontade de Comer
Um comportamento comum do compulsivo é comer mesmo sem estar com fome. O que existe, na verdade, é a vontade de comer, que quase sempre está ligada ao consumo de alimentos gordurosos, doces e coisas do tipo. A comida aqui não está relacionada com uma necessidade orgânica, mas, sim, e principalmente, como uma fonte de prazer, como algo que supre um vazio emocional pré-existente.
Assim, mesmo sem sentir fome, a pessoa come e come sem parar! É comum, inclusive, que a pessoa coma quantidades tão grandes que chegue a passar mal.
Quem come muito acaba gerando uma distensão gástrica no estômago, o que gera desconfortos, ânsia de vômitos e problemas similares.
Comida Como Válvula de Escape
Geralmente, a pessoa que sofre desse transtorno tem na comida uma válvula de escape para suprir carências emocionais. Assim, diante de algum episódio de tristeza, angústia ou ansiedade, por exemplo, a pessoa “tapa o buraco emocional” com o alimento, o que leva ao descontrole, mas também neutraliza, momentaneamente, o sofrimento, a solidão, o vazio.
Descontrole X Culpa
É muito comum que os portadores desse transtorno sintam-se imensamente culpados após um episódio de descontrole alimentar. A pessoa consegue identificar que o comportamento é nocivo para ela, que não faz bem, que é errado, mas, mesmo assim, não consegue de forma alguma mudar, reverter a situação.
O problema aqui é que, em muitos casos, essa sensação de culpa e essa incapacidade de promover as mudanças necessárias pode levar a um problema ainda maior: a bulimia!
A pessoa ingere quantidades enormes de comida, sente-se culpada e força, geralmente através do vômito, a “expulsão” da comida.
Todos esses sinais merecem atenção e devem ser avaliados por um médico!
Beijos
Ju Lopes