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Autoexame – Porque é preciso
Eis que o mês de outubro chega ao final e, com ele, toda a campanha do Outubro Rosa, cujo objetivo é de alerta e incentivo ao autoexame e a prevenção ao câncer de mama. Mas, o mês e a campanha podem até terminar, porém a bandeira levantada como reforço a esse tema deve permanecer hasteada em cada mulher, vítima em potencial dessa doença!
O laço cor de rosa, símbolo da campanha, pode até não ser mais levado na roupa, como um acessório. Mas o que esse laço representa deve estar bem presente na vida de toda a população. Não só mulheres vestiram a camisa dessa causa, vimos muitos homens e crianças abraçando a ideia proposta para, possivelmente, alertar suas mães, esposas, irmãs, amigas, enfim! Servir como agentes educadores dessa parte da medicina preventiva que pode e deve ser começada em casa, com um simples toque na mama.
Apenas um toque como o autoexame pode fazer toda a diferença!
O diagnóstico precoce com o autoexame aumenta as chances de cura do câncer. E toda mulher tem como monitorar logo que apareça algo estranho na mama, bastando para isso aprender a se tocar!
O autoexame da mama pode e deve ser feito em casa, quantas vezes quiser e puder! E o ideal é fazer o autoexame quando os seios não estão sofrendo alterações, como no período de menstruação e durante a gravidez, por exemplo.
Recomenda-se a prática do autoexame, do toque nas mamas para detectar algum sintoma após cada menstruação. Lembrando que o quanto antes conseguir detectar o câncer de mama, ainda em estágio inicial, maiores são as chances e mais brando é o tratamento de cura. Afinal, é uma doença grave, que pode levar a morte e o tratamento é desgastante, traumático e, muitas vezes, deixa sequelas psicológicas e físicas irreparáveis.
Como se pega câncer de mama?
Essa pergunta é muito comum na boca de muitas pessoas, mas o câncer de mama “não se pega”, ele é quem pega mulheres em potencial, com características favoráveis para o seu desenvolvimento.
O câncer de mama, ou ‘CA de mama’, é causado pela multiplicação anormal das células da mama e aparece como o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo inteiro, sendo o primeiro tipo entre as mulheres.
Alguns fatores podem contribuir para o aparecimento do CA de mama, tanto genéticos como ambientais. Os cientistas indicam uma média de cinco a dez por cento de casos relacionados a genética, ou seja, a doença é transmitida através dos genes da família. Outro fator de risco também muito comum é a idade, principalmente após os 50 anos, por conta do envelhecimento natural e acelerado – a partir dessa faixa etária – das células da mama.
Além desses dois principais fatores, algumas causas também podem ser relacionadas, como:
- – Mulheres que se expõem a radiação ionizante, tendo idade inferior a 35 anos;
- – Mulheres obesas;
- – Menarca precoce (idade da primeira menstruação);
- – Menopausa tardia (idade da última menstruação);
- – Primeira gravidez após os 30 anos;
- – Não ter filhos (Nuliparidade);
- – Mulheres que fazer terapia de reposição hormonal pós-menopausa;
- – A ingestão regular de álcool, ainda que em quantidades moderadas;
- – Se já teve câncer de mama anteriormente – e aí está um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de uma nova doença;
- – Mulheres que trabalham no período noturno.
A importância do diagnóstico precoce
O número de mortes femininas por câncer de mama vem aumentando por causa do diagnóstico tardio. Por isso, é tão importante que esse diagnóstico seja feito com antecedência.
O diagnóstico e tratamento numa fase precoce da doença dá a possibilidade de preservação das mamas e, o mais importante, de cura da doença. Por isso, a consulta médica de rotina com um Mastologista é indispensável e deve ser hábito anual de toda população feminina a partir dos 40 anos.
Esse diagnóstico médico é feito através do autoexame, do exame clínico das mamas e do exame de mamografia, que deve ser realizada em mulheres com mais de 40 anos ou a partir dos 35 – quando existirem casos de câncer na família. E, não se esqueça de repetir os exames a cada ano!
Prevenção e tratamento
Para prevenir essa doença é importante estimular hábitos saudáveis desde cedo, como:
- Comer mais frutas, legumes, verduras e cereais;
- Consumir menos alimentos gordurosos, salgados e enlatados;
- Não fumar e nem ingerir bebidas alcoólicas (com regularidade);
- Fazer atividade física regularmente.
E para o tratamento integral da doença, é preciso uma equipe multidisciplinar, caso precise passar por processos cirúrgicos, radioterapia, tratamento hormonal e quimioterapia.
Mas quais são os sintomas da doença?
- Nódulo único endurecido;
- Inchaço (edema) da pele;
- Vermelhidão (eritema) na pele;
- Inversão do mamilo;
- Sensação de massa ou nódulo em uma das mamas;
- Sensação de nódulo aumentado na axila;
- Inchaço do braço.
Vale lembrar que nem todo caroço é um câncer de mama, por isso, é importante consultar um profissional de saúde antes de entrar em desespero.
Previna-se contra o câncer de mama
Não tenha vergonha de tocar sua mama, faça o autoexame, e perceba os sinais que podem lhe curar de um mal. Com o toque você pode descobrir se há indícios da doença.
Quando já dar para palpar o câncer na mama, você perceberá um nódulo ou tumor em uma das mamas ou na axila, que pode ou não ser acompanhado de dor, secreção pelo mamilo, alterações na pele da mama, surgimento de saliências na mama (abaulamento), retrações ou um aspecto semelhante a uma casca de laranja. Cuide-se!
Por tudo isso, não perca tempo, perca apenas a vergonha de tocar-se para que possa salvar a sua vida!
