O déficit de atenção possui, supostamente, várias causas, e são muitos os estudos, cada um partindo de um parâmetro diferente, que tentam buscar os princípios desencadeadores do problema.
Existe um consenso de que a genética é determinante para o surgimento do distúrbio, o que pode até ser verdade, mas, no meu caso, por exemplo, ninguém na minha família tem déficit de atenção, não existe esse histórico, então ele não deve ser o único fator.
Os estudos apontam para a presença de uma disfunção em algumas áreas do cérebro, como na região orbital frontal, que é a parte responsável pelo autocontrole, dentre outras coisas.
Essas disfunções, quando associadas a alguns outros fatores, podem realmente causar esse transtorno, pois é fato que qualquer anormalidade no cérebro pode desencadear problemas diversos.
Há quem sustente que o fato de fumar e beber durante a gestação, bem como ter problemas durante o parto pode desencadear o déficit de atenção desde que existisse uma predisposição genética. Além disso, se um dos pais tiverem a síndrome, a criança tende a ter. Ou seja, muitos dizem que problemas durante a gestação e o parto, bem como a genética, podem desencadear o problema, mas há controvérsias!
Que a predisposição genética exerce papel fundamental, mas não único, é aceitável, claro, e diversos estudos vêm comprovando isso, e não é de hoje, já a teoria do período gestacional é discutível por inúmeros aspectos, embora se saiba que o uso de álcool durante a gestação possa ocasionar alterações no cérebro da criança.
Há quem sustente ainda o caráter familiar e social como fator determinante para a presença do déficit de atenção, e isso se baseia no fato de que é muito comum que crianças com esse distúrbio tenha pais e/ou familiares com histórico de alcoolismo, depressão, transtornos de conduta e agressividade, por exemplo.
É evidente que se uma criança não vive em um lar que proporcione a ela a segurança – física, mental e emocional – necessária para que ela cresça e se desenvolva de forma equilibrada, vai se refletir de alguma forma, mas isso sozinho também não é determinante para o surgimento do déficit de atenção, fosse assim todas as crianças que passam por esse tipo de situação desenvolveriam o mesmo transtorno, e não é isso o que acontece.
Outros estudos investigam se a intoxicação por chumbo na infância está relacionada ao transtorno, já que os sintomas são bem semelhantes. Há, ainda, desconfianças em relação ao uso de corantes amarelos, de luz artificial, de aspartame, de deficiências hormonais e de deficiências nutricionais e o déficit de atenção.
A causa mais aceita, embora não seja tida como única, é a genética, mais precisamente a predisposição genética e não a determinação genética, como querem alguns. Via de regra, transtornos como o déficit de atenção estão relacionados com vários genes e não existe “o gene causador do TDA” então a genética aqui não é determinante, mas sim, exerce uma influência que, dependendo de diversos fatores, pode levar ao desenvolvimento (ou não) do déficit de atenção.