A obesidade é uma epidemia que atinge milhões de pessoas em todo o mundo, sendo considerada uma das maiores ameaças a saúde e vida da população, pois tanto o processo inflamatório característico da obesidade, quanto os hormônios e os mediadores químicos liberados pelo tecido gorduroso aumentam o risco de várias doenças, como as doenças cardíacas, as doenças vasculares, a diabetes, as doenças metabólicas, as doenças pulmonares e muitas outras coisas.
Aqui no Brasil, assim como nos Estados Unidos, mais da metade da população adulta está acima do peso, sendo que nos EUA o quadro é ainda mais grave, pois 30% da população é obesa, 10% sofre de obesidade grave (mórbida) e 30% estão acima do peso considerado ideal, o que revela que realmente perdeu-se o controle e, se o ritmo continuar o mesmo, em pouco tempo a grande maioria da população estará obesa.
Um dado importante a ser salientado é que grande parte das pessoas que estão acima do peso são crianças e adolescentes, o que é justificado pelo excesso de fast food e acesso fácil a alimentos que são nutricionalmente pobres e extremamente calóricos. Além disso, ao contrário de anos atrás, as crianças de hoje vivem à base de computador, vídeo game e televisão, e acabam não se movimentando, não gastando energia, o que piora ainda mais o quadro!
Aqui vem o “gancho” do post, porque o consumo de refrigerantes, sustentam alguns estudos, tem tudo a ver com essa epidemia de obesidade, já que ele é uma das grandes fontes de calorias consumidas por crianças, adolescentes e adultos.
Refrigerante é vício que acompanha praticamente tudo, só que refrigerante é açúcar e sódio (sim, sódio!) em excesso, o que significa excesso de calorias, e calorias vazias.
Os refrigerantes, que são calorias vazias, não contêm fibras, são pobres em nutrientes, não “sustentam”, não garantem a saciedade e não causam benefício nenhum ao organismo, ao contrário. Mas, mesmo assim, insistimos em tomar, mesmo sabendo que se trata de um dos 10 piores alimentos para a nossa saúde.
Estudos recentes realizados em Harvard, nos Estados Unidos, analisaram a relação entre o consumo de refrigerantes e a obesidade adulta e infantil e os resultados só confirmam o que muitos vêm sustentando há anos: refrigerante está sim, relacionado com a obesidade!
Em um primeiro estudo, 33 mil pessoas foram acompanhadas e tiveram sua predisposição genética avaliada através da detecção de 32 genes relacionados com a obesidade, e os resultados mostraram que quanto mais desses genes estivessem presentes, maior era o consumo de refrigerantes.
Um outro estudo distribuiu para 641 crianças refrigerantes com e sem açúcar, de modo que elas não pudessem identificar pelo rótulo qual tinha e qual não tinha açúcar. Após 18 meses, as que consumiam refrigerantes com açúcar tinham engordado mais e tinham uma quantidade maior de gordura no organismo, o que mostra que os refrigerantes açucarados levam sim, ao aumento de peso.
O que se pretende afirmar não é que o refrigerante é o vilão da obesidade, porque isso seria absurdo, mas que ele contribui, e muito, para o atual quadro.
Beijos
Ju Lopes