Mais da metade da população feminina teve ou tem cólicas regularmente, e muitas vezes a dor é tao intensa que chega a ser incapacitante, o que faz com que a gente não consiga trabalhar, estudar ou fazer qualquer outra atividade durante o período menstrual.
Como isso acontece com muitas de nós e como o Patricinha Esperta é feito, prioritariamente, para nós, vamos falar um pouquinho sobre esse tema, tá?
A cólica menstrual, também chamada de dismenorréia, é uma dor pélvica (dor no baixo ventre) que costuma ocorrer antes ou durante o período menstrual.
Existem dois tipos de cólica menstrual, a primária e a secundária. A dismenorreia primária é causada pelo aumento de produção das prostaglandinas pelo endométrio, sendo que as prostaglandinas são substâncias que provocam as contrações uterinas para estimular a liberação do endométrio durante o período menstrual. Nesse caso, não existem lesões ou alterações no aparelho reprodutivo.
A dismenorreia secundária, ao contrario da primária, deriva de anormalidades no sistema reprodutivo e pode ter como origem a endometriose, a estenose cervical, os miomas uterinos, as infecções pélvicas, as alterações ovarianas e uterinas e o uso do DIU.
Os sintomas são variados, mas a dor persistente, seja ela branda, moderada ou insuportável é a característica principal. Essa dor geralmente vem acompanhada de vômitos, diarreia, cefaleias e desconfortos abdominais.
Quem vai identificar as causas da cólica é o médico ginecologista. O diagnóstico é feito levando-se em consideração o histórico médico, os exames físicos, hormonais, ginecológicos e de imagem, como a ecografia transvaginal. E importante o acompanhamento do médico pois só ele tem condições de avaliar se a causa da dor é a liberação de prostaglandina ou se decorre de alguma patologia. Em resumo: doeu? Corre pro médico!
A dismenorreia primária é facilmente tratável com antiinflamatórios não-esteroides, anticoncepcionais e adoção de hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e rica em fibras, prática de exercícios físicos, acupuntura e compressas de água quente.
A dismenorreia secundária deve ser tratada de acordo com a doença que a originou e isso só pode ser avaliado por um médico. O uso de antiinflamatórios, anticoncepcionais e mesmo uma intervenção cirúrgica são indicados, dependendo do caso, e sempre com acompanhamento médico.
Nos dois casos o uso do anticoncepcional pode ser benéfico, pois ele provoca a atrofia do endométrio e reduz a produção da prostaglandina.
Tornando o post mais pessoal, vou falar um pouquinho das minhas cólicas. Menstruar, pra mim, sempre foi um tormento, primeiro porque minha TPM era avassaladora, e segundo porque as minhas cólicas eram muito intensas.
Tudo que vocês puderem imaginar eu tentei para acabar com a cólica. Tomei dezenas de remédios diferentes, fiz acupuntura, pratiquei exercícios, comia muita fibra, tomava muita água, ficava sem comer, tomava litros de chás, ia de de um extremo a outro e absolutamente NADA adiantava.
No meu caso a única coisa que surtiu efeito foi parar de menstruar, mas lógico que cada caso é um caso e que isso não pode ser resolvido sem acompanhamento e aval médico. Falo isso porque vejo umas coisas tão absurdas pela internet que me assusto… Automedicação é uma violência contra nosso organismo, porque a gente não tem conhecimento técnico para avaliar do que o nosso corpo precisa, então tenham cuidado com o remedinho que a amiga, a prima ou a vizinha receitam. Quem pode receitar, ou não, é o médico. Ponto final, viu?
Amanhã vou falar sobre os diversos tipos de cólica, tá?
Beijos
Ju