O anticoncepcional está na bolsa, no banheiro ou ao lado da cama de milhares de mulheres, de diferentes idades, e com diferentes histórias. Não tem como negar: a pílula é o método anticonceptivo mais usado entre as brasileiras. E mais estudado, também. De acordo com dados da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), o medicamento vem sendo estudado e pesquisado todo os anos, para oferecer mais conforto e mais segurança às mulheres. A pílula é, sem dúvida, uma aliada na saúde feminina, porque evita a gravidez e também consegue deixar o ciclo menstrual bem regulado.
A tecnologia mais avançada foi quando os cientistas e pesquisados misturaram os hormônios estrogenio e o progestágeno, em um só medicamento. Assim, a pílula combinada, tem níveis de hormônios em uma quantidade muito baixa na sua composição. Resultado: menos efeitos colaterais, como o inchaço, cólicas na TPM, irritabilidade e dores nos seios, por exemplo. Porém, para o efeito da pílula ser completamente positivo, algumas mudanças de hábito devem ser feitas pelas mulheres adeptas ao anticoncepcional.
Por exemplo: mulheres que sofrem com hipertensão devem consultar seu médico antes de tomar o comprimido. Isso porque a pílula, dependendo da dose de hormônios encontrada nela, pode interferir na pressão. Mulheres hipertensas têm por conta da pressão alta, mais probabilidade de ter problemas cardiovasculares. E a pílula pode deixar o bombeamento do sangue um pouco mais lento, dando margem à doenças como um Acidente Vascular Cerebral. Por isso, antes de comprar a cartela na farmácia, busque ajuda médica e faça os exames recomendados.
A combinação de cigarro e pílula pode ser mortal para a mulher. Esse é o seu caso? Bom, então se você quer mesmo começar a tomar o anticoncepcional, deve, então, parar de fumar. A mistura é perigosa porque aumenta as chances da mulher ter problemas relacionados ao coração. As toxinas do cigarro prejudicam o sistema vascular arterial, porque ficam alojadas no organismo. Em contato com essas toxinas, a pílula prejudica a circulação do sangue, que pode coagular e causar um AVC, um infarto ou até mesmo uma trombose.
Por isso que é preciso eliminar o cigarro e, assim, mudar de hábitos de vida. Outra combinação perigosa é a doença lúpus com a pílula. A lúpus, assim como a hipertensão, afeta a circulação dos vasos sanguíneos e, por isso, precisa de acompanhamento médico. Quem sofre desta doença, tem mais chances de ter uma coagulação do sangue e, assim, ter um AVC ou outro problema. Isso porque a imunidade está muito baixa e os anticorpos que surgem com a doença, dão mais força a essa coagulação. A pílula, nesse caso, aumenta esse risco e pode acelerar um processo de coagulação.
Além disso, a obesidade também interfere no uso da pílula. Na verdade, quem está muito acima do peso, precisa mudar os hábitos alimentares e também começar a fazer exercícios. A obesidade geralmente vem acompanhada com alto nível de colesterol, pressão alta e outros problemas que podem prejudicar o funcionamento de todo o organismo. Inclusive, pode alterar a produção de hormônios. E é neste caso que entra o risco da pílula: antes de passar a tomar o comprimido, a mulher deve passar por exames para ver se não está com alguma alteração. Isso porque a pílula é composta de hormônio. E pode acontecer uma superdosagem, prejudicando ainda mais a saúde.