E chegou o Natal!
Quem me acompanha há mais tempo sabe que essa época, apesar de toda a beleza e de todo o significado, me deixa triste. Triste porque é inevitável saber, ver e conviver com várias histórias, de várias pessoas, para quem essa data vem junto com uma dor muito grande. Ok, a dor pode não ser minha, mas me comove de verdade…
Essa semana recebi e-mail de uma leitora muito querida, que eu já havia conversado outras vezes, lá de Porto Alegre, falando que não sabia como seria o Natal dela, porque tinha perdido o filho a pouco tempo… Lá no Face, dentre inúmeras manifestações, vi o status da Priscila, que pelo que entendi perdeu os pais faz tempo… Vi uma foto de Kaka, que é minha amiga de anos, que perdeu o irmão dois anos atrás nessa época… Ler todas essas coisas me entristece, porque sei que não há o que falar pra amenizar a dor de nenhuma delas, que se intensifica nessa época, pois esse é o tipo de dor que NADA apaga.
Mas, enfim… Fora isso, penso que essa é uma época de celebrar sim, tanto o nascimento de Cristo (para os cristãos), quanto a família, mas também a época do renascer da esperança… Essa data, aliás, já era comemorada lá no Império Romano com esse simbolismo, do renascimento, e somente no século VI é que ficou estabelecido que 25 essa mesma data era a do nascimento de Cristo.
E já que é a época do renascimento, do amor, da solidariedade e do perdão, é bom que façamos isso com nós mesmos. É hora de fazer uma faxina interna, jogar fora as mágoas e os rancores acumulados, passar por cima dos erros, – nossos e dos outros – rever os sentimentos, as relações e limpar o coração.
Errar todo mundo erra, e todo erro é passível de perdão… E se você não consegue perdoar por amor ao outro, por um ato de grandeza e generosidade, perdoe por puro egoísmo. Isso mesmo, eu não escrevi errado… Enquanto não perdoamos, seja lá o que for, ficamos “amarrados” à pessoa/história, e isso nos suga e nos deixa presos justamente ao que mais nos causa dor. Quando a gente perdoa, a gente liberta o outro e, consequentemente, se liberta.
Além de perdoar o outro, essa é uma época de ser mais generoso consigo mesmo e se perdoar por toda e qualquer coisa que tenha feito/causado a quem quer que seja. Tendemos a ser muito mais brandos com os outros do que com nós mesmos. Já perceberam isso?
Aproveitem e aprendam a compartilhar, doando ao outro, seja quem for, um pouco (ou muito) do que se tem. O ato de presentear, não só com coisas, mas com carinho, amor e afeto, as pessoas que a gente ama e as pessoas que precisam (sem nunca sair alardeando, por favor! Lembram do “que tua mão esquerda não saiba do que fez a direita”? Pois é… Caridade a gente faz em silêncio) é de grande valor.
E aprendam, cada vez mais, a amar, porque esse é o maior presente que vocês podem dar a vocês, às pessoas que as rodeiam e ao mundo.
Que seja esse um natal em que vocês renasçam de verdade… Que renasçam maiores, melhores e mais cheias de vida!
Beijo enorme no coração de cada uma e um Natal de muita luz!