Diagnóstico
O diagnóstico da fibromialgia é essencialmente clínico, já que não há evidência de anormalidades laboratoriais ou em exames de imagem identificáveis nos portadores dessa síndrome, cujo diagnóstico repousa nos critérios sugeridos pelo Colégio Americano de Reumatologia.
Os critério são os seguintes:
1- Histórico de Dor Difusa
Dor é tida como difusa quando e se estiver presente nos seguintes parâmetros: dor no lado direito do corpo, dor no lado esquerdo do corpo, dor acima da linha da cintura e dor abaixo da linha da cintura. Dor no esqueleto axial, que compreende a coluna cervical ou torácica anterior, a coluna lombar ou a coluna dorsal. Dor nos ombros, nas nádegas e na “lombar” estão enquadradas nesse seguimento.
2–Dor em pelo menos 11 dos 18 tender points na palpação digital
Para o diagnóstico, a palpação digital deve ser feita com uma força de aproximadamente 4 quilos. Para que um tender point seja tido como “positivo”, a pessoa deve declarar que a palpação foi dolorosa.
Para questões de classificação, são considerados portadores de fibromialgia os indivíduos que preenchem os dois critérios acima citados. Convém ressaltar que a dor difusa deve estar presente há pelo menos três meses, e mesmo que haja algum outro distúrbio clínico, o diagnóstico de fibromialgia não está descartado.
Tratamento
O tratamento para a fibromialgia envolve várias vertentes além da medicamentos, vez que é necessário o acompanhamento psicológico, além de fisioterapia, terapia cognitivo-comportamental, exercícios físicos e acupuntura e outros que serão citados posteriormente.
A enfase aqui é a melhora ou controle da dor, para melhorar a qualidade de vida do paciente e ajudar na manutenção de suas habilidades funcionais.
O tratamento clínico envolve o uso de inúmeros agentes farmacológicos, como antidepressivos, analgésicos, relaxantes musculares e anti-inflamatórios, sendo que os melhores resultados são alcançados com antidepressivos, sobretudo os tricíclicos, e os relaxantes musculares.
Muitas outras drogas vem sendo testadas para o tratamento da fibromialgia, incluindo acetaminefenol, aspirina, agentes antivirais e substâncias que modulam o sistema imune, bem como coquetéis com vários tipos de medicamento, mas nada ainda se mostrou definitivo no controle da doença.
Os antidepressivos tricíclicos são quase sempre a primeira escolha nos casos de fibromialgia, sendo benéficos a curto prazo, já mostrando resultados nas primeiras duas semanas de uso. Esse tipo de antidepressivo possui ação analgésica indireta e aumenta a quantidade de neurotransmissores como dopamina, norepinefrina e serotonina, o que melhora a qualidade do sono, um dos maiores problemas dos portadores da doença, e promove maior relaxamento muscular.
Os inibidores da receptação de serotonina também são usados pois aumentam a quantidade de serotonina entre os neurônios, reduzindo a fadiga e melhorando o ânimo dos pacientes. Alem disso, eles podem ter uma leve influência no aumento da endorfina, o que é benéfico. Esse tipo de medicamento costuma demorar de duas a três semanas para agir, sobretudo porque suas doses são baixas. Contudo, mesmo em pequenas doses, esses medicamentos possuem ação ansiolítica, e seu uso é indicado em conjunto com antidepressivos tricíclicos.
Existem outros medicamentos e os tratamentos alternativos também são bastante utilizados, mas isso fica para um próximo post!
Beijos
Ju Lopes