Dor Generalizada
A dor é conceituada pelo comitê de taxonomia da “Associação Internacional para o Estudo da Dor” como “uma experiência sensorial e emocional desagradável, podendo ser associada ou descrita em termos de lesões teciduais”.
A função da dor é alertar de que algo não vai bem no organismo, e quando ela se torna crônica, pode ser causa para incapacidade funcional, situação que justifica algumas medidas destinadas à sua supressão. Contudo, em alguns casos, ela se manifesta mesmo na ausência das lesões teciduais.
A dor muscular crônica e difusa, com ou sem dores articulares associadas, é a principal característica clinica dessa doença, sendo considerada como essencial para o diagnóstico. De modo geral, ela se inicia nos ombros e pescoço, e depois de algum tempo se espalha por todo o corpo.
A razão de ser da incapacitação funcional dos pacientes com fibromialgia decorrem exatamente das características das dores que eles sentem, que são afetam sobremaneira a vida desses indivíduos.
As repercussões geradas por essas dores são várias, tanto do ponto de vista emocional, quanto social, quanto profissional.
Vale ressaltar que essa dor crônica está presente em 100% dos casos de fibromialgia, sendo descrita pelos pacientes como uma sensação de queimação bem similar a sentida pelos pacientes de artrite reumatoide, podendo acometer qualquer parte do corpo. A intensidade da mesma varia de pessoa para pessoa, mas em muitos casos é incapacitante.
Ansiedade
A ansiedade é fator secundário bastante comum e intensa nos quadros de fibromialgia, sendo mais presente quando as dores agudas são desencadeadas.
Depressão
A depressão e todos os males que ela acarreta são bastante comuns nos pacientes de fibromialgia, o que piora ainda mais a qualidade de vida dos mesmos.
Estudos relatam que a relação entre a dor e a depressão, nesses casos, é intensa, pois uma acaba gerando a outra. Assim, se o paciente está depressivo, ele sente dor, e se sente dor, fica depressivo.
Fadiga
Em 90% dos pacientes de fibromialgia a fadiga moderada faz parte do quadro da doença, causando lentidão para as atividades diárias, suor sem esforço físico que o justifique e sonolência.
Distúrbios do Sono
Em cerca de 90% dos pacientes os distúrbios do sono estão presentes, e a grande maioria reclama de sono não reparador, o que, nesses casos, aumenta os quadros de dor e perpetua os sintomas nefastos da fibromialgia.
Um estudo realizado com pacientes fibromiálgicos demonstrou que a maior dificuldade desses pacientes em relação ao sono é o fato de não conseguirem dormir “direto”, sem interrupções, o que significa que o sono não consegue ser reparador, fato que se relaciona com a fadiga e também coma intensidade da dor.
Capacidade Funcional Prejudicada
Todos esses sintomas comprometem a capacidade funcional dos pacientes, que é caracterizada como a habilidade para realizar as atividades normais do dia a dia de forma eficiente e autônoma, ou seja, realizar sua higiene pessoal, tomar banho, se alimentar, arrumar a casa, caminhar, usar o telefone, fazer compras e coisas do gênero. E o que acontece aqui é um círculo vicioso, pois quanto mais a capacidade funcional está prejudicada, maior fica a depressão e a ansiedade, o que aumenta a dor e piora a capacidade funcional.
Beijos
Ju Lopes