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Como Reduzir o Consumo de Cafeína sem Sofrimento?

Eu amo café. Amo, amo, amo! E meu café é sem nada, nem açúcar, nem leite, e também não tenho a menor noção de quanto de café consumo por dia, mas sei que é muito, e sempre foi assim, desde que eu era criança!

É um vício tão forte que, na época da faculdade, saia e ia para a sala dos professores ao final de cada aula para tomar café, na maior cara de pau! Sei que é abuso, mas ó, pago mico mas não passo vontade! Ainda hoje tenho uma garrafinha térmica pequena, porque se preciso ficar em algum lugar por muito tempo, levo na bolsa!

E se, por algum motivo, não tomo café logo que acordo, passo o dia com dor de cabeça! Todos os médicos que eu já fui falaram que eu preciso reduzir a cafeína, mas poxa, eu não fumo, não bebo (só de vez em quando), não perco noite, não tomo sol e não como carne, vou ficar sem beber café também? De jeito nenhum!

Ah, e meu café tem que ser “café de verdade”, não vale café expresso, café descafeinado ou nada disso.  Ou seja, o vício é dos grandes!

O que “vicia” no café é a cafeína, que também está presente em outras bebidas e alimentos, como o chocolate, o guaraná, o chá mate, o chá verde e o chá preto, por exemplo.

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É a cafeína que é responsável pelo efeito estimulante do café, bem como pelo seu efeito antioxidante, e ela proporciona, comprovadamente, diversos benefícios para o organismo, para a saúde e para a beleza.

Só para ilustrar, a cafeína melhora e conserva a memória, aumenta o pique e a disposição, acelera o ganho de massa muscular, previne a depressão e muitas outras coisas.

Mas,  o segredo de tudo é a tal da dose, porque se na dose certa a cafeína é um santo remédio, o exagero acaba transformando-a em um veneno. Mas qual é, afinal, a dose certa? A dose máxima diária recomendada é de até 400 mg de cafeína, o que equivale a quatro xícaras (das médias) de café.

Parece muito, não é mesmo? Mas não é, e muita gente (inclusive eu!) consome bem mais cafeína do que isso diariamente, o que pode causar danos diversos ao organismo, como insônia, agitação, tremedeira, taquicardia e dores de cabeça, por exemplo. Mas, mesmo consumindo cafeína em excesso, você não sente nenhum desses sintomas, a preocupação é menor, porque os males, apesar de muitos, não são lá muito grandes, exceto, é claro, no caso de comprometer a absorção de cálcio, mas evitar que isso aconteça é simples: não consuma cafeína junto com alimentos ricos em cálcio!

Sim, antes que vocês perguntem, já explico logo: os efeitos da cafeína são diferentes de um organismo para o outro, porque o nível de tolerância à cafeína é variável. Então, tem gente que consome muito café e, por ter um nível maior de tolerância, não sente nada demais, enquanto outras pessoas sentem alguns sintomas mesmo com uma xícara das pequenas, devido a sua baixa tolerância à cafeína.

Para quem acha que, por algum motivo, o consumo tem sido excessivo, vale seguir as dicas abaixo para reduzir os níveis de cafeína, mas sem cortar o “santo” cafezinho de cada dia!

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Nada de Redução Drástica!

É muito complicado, e isso com qualquer substância, remover a cafeína drasticamente da dieta, porque o organismo se acostuma, o corpo vicia, e esse corte brusco pode acabar causando mais danos, sobretudo pra quem tem dependência da cafeína, já que os sintomas de abstinência tendem a vir com força, e isso compromete o rendimento escolar, profissional e pessoal porque a pessoa fica com dificuldade de se concentrar, fica mais desatenta, inquieta e estressada.

No mais, sendo uma substância benéfica, ela não precisa ser cortada da dieta diária, mas, caso seja necessária, reduzida, desde que essa redução seja aos poucos, pra que o organismo não sinta o baque de uma só vez. Então, caso queira ou precise, vá diminuindo as doses de café diariamente, consumindo 10% a menos, em seguida 20% e assim sucessivamente, até chegar em uma quantidade que te faça bem.

Café descafeinado: uma opção!

Alguém aqui já tomou café descafeinado? Eu já tentei, mas é a coisa mais horrorosa da vida e me deu uma dor de cabeça enorme! Gente, isso não tem gosto de “café de verdade”, parece um chá forte, isso sim!

Pra quem quiser experimentar, vale lembrar que a redução de cafeína aqui tende a ser bem grande, pois enquanto que o café “normal” conta com, em média, até 120 mg de cafeína, a versão descafeinada possui de 1 mg a 100 mg.

Já me deram a sugestão de misturar, numa mesma garrafa térmica, metade de café descafeinado pronto e metade de “café normal” pronto, mas continuei sem gostar e não me habituei de jeito nenhum!

Há quem diga que vale começar o dia com o cafezinho sagrado e consumir mais 3 xícaras, que é o nível máximo indicado, e depois disso ficar com o descafeinado. Pra quem conseguir, é uma boa, mas, infelizmente não é pra mim!

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De Olho no Consumo de Chás

Se o café é a sua paixão, evite, pra não consumir muita cafeína, o consumo de outras bebidas ou alimentos que sejam fonte de cafeína, como alguns chás, o chocolate e o refrigerante, por exemplo.

Essa é uma das formas mais viáveis de reduzir o consumo de cafeína, porque é muito melhor reduzir as outras bebidas do que reduzir o café, não é mesmo? Eu acho!

Mistura que dá certo!

O café pode servir de base para várias outras bebidas e pode, também, ser diluído para reduzir os níveis de cafeína. Assim, é claro que uma xícara de café com leite tem bem menos cafeína que uma xícara de café, por exemplo. Pode-se, também, variar um pouco, e ao invés de tomar somente café, tomar um cappuccino, tomar um chocolate quente, tomar um mate (no rei do Matte tem um monte de opções!) ou alguma outra opção de bebida cafeinada.

Não acho que esse tipo de coisa substitua o café, ao menos nos horários chave (pela manha, pra despertar bem, depois do almoço, e no café da tarde), mas pode ser interessante para outros horários, sobretudo o chocolate quente e o cappuccino, que eu gosto bastante.

Café Coado Tem Menos Cafeína!

O café coado possui uma quantidade um pouco menor de cafeína (a redução pode chegar a 50 mg), só que o que, a primeira vista, parece pouco, pode, ao longo do dia, ser muito! Por exemplo, se a pessoa toma quatro xícaras de café expresso ao dia, sendo que cada uma contém 170 mg de cafeína, ela consome 680 mg de cafeína. Mas se ela trocar pelo café coado, que tem, em média, 120 mg por xícara, essa soma cai pra 480 mg, o que é uma redução bem boa, não é mesmo?

Outra coisa: café expresso não é bom não! Acho um horror! Café pra mim só coado, e como ele tem menos cafeína, melhor ainda! Quem não abre mão do café expresso deve consumir uma maior quantidade de água por dia, pois isso ajuda a reduzir o consumo da cafeína.

De olho nos rótulos!

Um dos grandes problemas da cafeína é que, muitas vezes, consumimos a bendita sem saber! Claro que o café contém uma quantidade maior de cafeína, mas refrigerantes à base de cola, energéticos, guaraná e chocolate, que a gente consome largamente, também contém cafeína. Daí, quando soma tudo isso no final do dia, a quantidade de cafeína fica muito alta. Então, é preciso olhar os rótulos pra ver se o produto a ser consumido contém ou não cafeína.

Quem toma muito refrigerante diet sofre mais ainda, pois essa versão é a que mais tem cafeína, em média 10 mg a mais que a versão normal.

Bebidas sem cafeína

Dá, também, pra tentar alternar o cafezinho com  alguma outra bebida que não contenha cafeína, como alguns chás, por exemplo. A redução não precisa ser drástica, mas qualquer substituição já é válida!

Café Faz Bem Sim!

Não são poucas as pesquisas que isentam o café do papel do vilão, e uma recente comprovou que ele tem uma importante ação neuroprotetora, mas isso só acontece com o café orgânico, e é por isso que em determinadas regiões, onde o consumo desse tipo de café é alto, as taxas de  Alzheime  e Parkinson são menores. Isso acontece porque o café libera uma substância, um fator de crescimento, na verdade, chamada  fator neurotrófico cerebral que age ativando as células tronco, fazendo com que elas se convertam em novos neurônios.

Isso é importante para saúde e também pra questão do rejuvenescimento, porque, a depender da situação o organismo consegue parar o processo de envelhecimento, desde que as substâncias certas sejam ingeridas. Em muitas pessoas esse fator neurotrófico cerebral está adormecido, de forma que é preciso ativá-lo novamente para que os benefícios sejam sentidos e o cérebro rejuvenesça e passe por uma reciclagem do tecido cerebral e uma regeneração dos neurônios.

Saber desses benéficios extras me animou ainda mais a continuar com meu cafezinho!

Beijos

Ju Lopes

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Written by Nat

Sou jornalista, blogueira, louca por cosméticos e chocolate. Escrevo sobre um pouco de tudo que for relacionado ao universo feminino.

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