O PMMA é uma substância que causa muita controversa ao longo da sua descoberta e já foi assunto de revistas e manchetes. Ou seja, um verdadeiro caos para a estética e a beleza.
Não à toa, muitas mulheres aqui na página me perguntam sobre o uso desse produto nos preenchimentos, quais seriam exatamente os riscos e até mesmo se existe alguma maneira segura de usar.
Por isso, pare tudo o que está fazendo, segure na minha mão e vamos entender exatamente tudo sobre o tema.
O que é PMMA?
Para começar, PMMA é a sigla para polimetilmetacrilato.
Ai meu Deus Kika, o que esse nome gigante significa?
Bom, em termos simples, é uma substância plástica que tem formato de microesferas que tem como objetivo preencher os espaços entre os tecidos do corpo.
Não à toa, a substância foi muito usada por ter um baixo custo, quando comparada a outras opções do mercado.
Por outro lado, a medicina evoluiu nos últimos anos e diversas pesquisas foram realizadas considerando os produtos usados na estética.
Incluindo as complicações médicas que surgiram após a aplicação do PMMA. Ou seja, o risco pode ser imediato ou pode demorar anos.
Hoje, temos diversas histórias de pessoas que fizeram a aplicação há mais de cinco anos, mas que começaram a desenvolver complicações agora.
Há vários anos, o PMMA era usado justamente por não ser absorvido pelo organismo, como um tipo de tratamento “permanente”.
Como resultado, tornou-se popular entre indivíduos que tinham algum tipo de falha ou “deformação”.
Para facilitar, quando inserido nos tecidos, essa substância fica realmente grudada e o seu organismo não vai absorver.
Diferentemente do que acontece com o botox e com o ácido hialurônico.
Em resumo, o PMMA “gruda” no tecido e fica retido nele ano após ano, o que torna a remoção total praticamente impossível.
Quando a substância era indicada?
Você pode ter ficado na dúvida ao ler que o PMMA já foi altamente indicado para alguns pacientes não é mesmo?
Para facilitar, vamos pensar na lipoatrofia facial.
A lipoatrofia facial era uma consequência comum em pacientes com Aids.
Neste cenário, uma parte da gordura da face eram “perdidas”, fazendo com que o paciente tivesse um aspecto de rosto envelhecido ou de “buracos”, “ondulações”.
Assim, o PMMA dava volume para a face, tampando essas imperfeições de forma permanente.
Mas, hoje, existem novos métodos e conhecimentos sobre as substâncias que podem ser usadas ou não bem como tratamentos mais eficazes.
Riscos, cuidados e contraindicações do PMMA
O PMMA começou a ter seus riscos mais divulgados depois que Andressa Urach, uma modelo, teve uma complicação e acabou quase morrendo devido a aplicação da substância, que tinha acontecido quando ela ainda estava começando sua carreira.
Antes disso, médicos já alertavam sobre o uso, mas o caso realmente chocou (positivamente) e trouxe o assunto à tona.
Hoje, a discussão é mais intensa e existem diversas clínicas e “profissionais” sendo processados pelo uso desse material.
Um dos mais conhecidos é o caso do famoso “Dr. Bumbum”, uma referência na estética, conhecido por famosas e que tem vários processos nas costas.
Independentemente de quem seja o médico, a clínica ou o local de aplicação, os principais riscos incluem:
- Reações inflamatórias crônicas;
- Dores crônicas;
- Infecções
- Formação de nódulos (a mais comum);
- Enrijecimento na região da aplicação;
- Rejeição do organismo;
- Necrose no tecido/músculo.
Na maior parte das vezes, quando maior a área de aplicação e a quantidade, mais susceptível você estará aos riscos.
Mais importante que isso, os riscos do PMMA são muito comuns e, como resultado, a taxa de incidência é muito alta.
Em vários casos, os pacientes também sofrem porque a substância acaba se espalhando para outra região, “caindo”, como dizem.
Logo, a substância acaba se alojando em outras regiões e pode causar deformações.
Existem contraindicações do PMMA?
Daí, você pode me perguntar: “Kika, se é um polímero definitivo, aplicado nas camadas profundas, será que não pode funcionar para mim?”.
A resposta é que o PMMA nunca é recomendável por médicos e especialistas da estética.
Mesmo que, em pequenas doses, o uso seja liberado, os riscos são altos demais e podem causar mais danos a vida e a saúde mental do paciente.
Isso porque, a quantidade deve ser a máxima permitida, em áreas que evitem problemas e ainda para ter mais controle sobre o procedimento.
Em outras palavras, você não deveria utilizar essa substância.
Ao mesmo tempo, o produto é contraindicado para pessoas que tenham baixa imunidade ou que estejam em más condições de saúde.
Vale lembrar que existem outras opções de preenchedores no mercado, sendo essas seguras e mais eficazes. Além de não apresentarem riscos significativos.
Cuidados
Por fim, assim como outros, a aplicação de PMMA é ambulatorial, ou seja, não exige internação médica em hospitais.
Mas isso não isenta a necessidade de procurar profissionais realmente qualificados.
Porém, o ideal é que esse profissional realize uma análise completa da área de aplicação, possibilidades e possíveis resultados.
Depois da aplicação, existem cuidados mais específicos, que variam de acordo com a região.
Para aplicações no rosto, por exemplo, o médico pode pedir para você evitar de abaixar o rosto ou fazer esforços.
Você também vai precisar deixar de lado, um pouco ao menos, a academia, já que é preciso evitar o esforço físico durante um período.
Veja, as mulheres passam por uma ditadura da beleza desde que nascem e, isso pode influenciar na busca por tratamentos estéticos.
Então, fique atenta a isso.
Notou algo estranho?
Se você já fez a aplicação e está notando algum tipo de problema, como inchaço que não passa, dores, vazamentos, etc, procure um médico o quanto antes.
Mesmo que você tenha feito a aplicação há dez anos ou há duas horas.
O quanto antes procurar ajuda, maiores serão as chances de entender e resolver o problema de maneira mais tranquila.
Ficou na dúvida ainda? Comenta aqui embaixo e compartilhe a sua experiência com a gente.
Vou adorar saber mais. Te vejo no próximo post!
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